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A Fonoaudiologia pode auxiliar os pacientes com acometimentos neurológicos em dois grandes segmentos: Alimentação e Comunicação.

Alterações do sistema nervoso central e/ou periférico podem resultar em quadros de:

  • Disfonia (alteração da voz).
  • Disartria (alteração da fala).
  • Disartrofonia (alteração combinada de voz e fala).
  • Dispneia (alteração respiratória).
  • Afasia (alteração de linguagem - expressão e/ou compreensão)
  • Dislexia (alteração de leitura).
  • Déficit cognitivo.
  • Disfagia (alteração da deglutição).

Fonoaudiologia Disfagia (dificuldade de mastigação e deglutição)

A disfagia orofaríngea é um termo que se refere à dificuldade em deglutir e à sensação de alimentos sólidos e/ou líquidos “presos” na garganta. Trata-se de uma dificuldade que pode conduzir a uma má alimentação e desidratação. Este é um problema que afeta cerca de 60% das pessoas, principalmente os idosos com doenças degenerativas.

A disfagia pode ser secundária a algum diagnóstico neurológico, mesmo em estado inicial da doença.

Há doenças neurológicas não progressivas (como o AVC - Acidente Vascular Cerebral, traumatismo craniano e paralisia cerebral) e doenças progressivas (como a Doença de Parkinson, Esclerose Lateral Amiotrófica e Demência de Alzheimer).

O tratamento fonoaudiológico visa retomar a alimentação via oral de forma segura. Para tanto, são realizados exercícios miofuncionais, adequação postural, técnicas de apoio respiratório, manobras de deglutição e de proteção de vias aéreas, gerenciamento do alimento (como a indicação da melhor consistência, volume, temperatura, apresentação e viscosidade) e gerenciamento do ato de alimentar (como o ritmo, frequência, utensílios, ambiente, períodos de descanso intercalados entre as deglutições).

É de fundamental importância identificar todos os fatores, isolados ou combinados, que diminuem a proteção de vias aéreas, favorecendo episódios de penetração laríngea e aspiração traqueal, elevando o risco de episódios de broncoaspiração. Quando necessário, há a indicação de vias alternativas de alimentação, com restrição parcial ou total da via oral.


Fonoaudiologia Dispraxia

As dispraxias envolvem os quadros em que há uma perda da capacidade de executar gestos proposicionais aprendidos, na ausência de déficits motores ou sensoriais primários, alterações extrapiramidais, disfunção cerebelares, alteração da compreensão e/ou outras alterações cognitivas. Resulta da perda ou da alteração na formação do esquema motor exato, necessário à realização do gesto pretendido.

As dispraxias são, portanto, alterações referentes ao planejamento motor voluntário, que envolve o posicionamento e a sequência dos movimentos musculares, necessários para a produção dos gestos articulatórios. Não há evidências de alterações associadas referentes à aferência, ao sistema motor, às habilidades de atenção e compreensão.

O termo apraxia destina-se à ausência de praxia, ou seja, ausência de planejamento motor e o termo dispraxia, a uma dificuldade em realizar este planejamento, em maior ou menor grau.

A principal característica do paciente dispráxico é o melhor desempenho observado em atividades automáticas e espontâneas e o pior desempenho em atividades dirigidas. Não há associação de alterações no controle neuromuscular, o que auxilia no diagnóstico diferencial entre disartria e dispraxia.


Fonoaudiologia Disartria e Disartrofonia

Por definição, as disartrias referem-se a alterações não somente da articulação, conforme sugere a nomenclatura (dis = distúrbio, dificuldade; arthria = articulação); mas ao comprometimento da sincronia das cinco bases motoras que compõem a fala, a saber: respiração, fonação, ressonância, articulação e prosódia.

As disartrias são as alterações fonéticas da fala de origem neurológica. Ou seja, a alteração primária ocorre por um distúrbio no controle da musculatura orofaringolaringeal e, consequentemente, dos mecanismos da fala. Tais alterações de controle muscular podem ser evidenciadas pela presença de sintomas, como: fraqueza (parcial ou total), espasticidade, rigidez, incoordenação, diminuição ou excesso de movimentos.

A depender da manifestação muscular, o paciente pode apresentar imprecisão de fonemas plosivos e fricativos, dificuldade do direcionamento de fluxo aéreo pela boca, alteração da velocidade de fala, redução da prosódia, alterações da qualidade vocal, ressonância, respiração, precisão fonoarticulatória, dificuldade em manter intensidade vocal, redução dos tempos máximos de fonação e incoordenação pneumofonoarticulatória.

A depender da gravidade destes sintomas, a redução da inteligibilidade de fala também pode comprometer os processos de comunicação, com maior ou menor impacto social, dependendo da eficiência e do uso do código oral em suas atividades diárias.

Recursos de comunicação aumentativa podem auxiliar o paciente a expressar a mensagem ao interlocutor.

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